Não há segredo para a precificação de produtos. Para saber quanto cobrar dos seus clientes, basta levar em conta:
– Os seus gastos (com materiais, equipamentos, equipe, transporte etc.);
– O preço médio praticado no mercado;
– O perfil do seu cliente;
– Os diferenciais do seu negócio;
– E o lucro que você deseja obter.
Simples, não?
É, mais ou menos…
Apesar de ser bem objetiva, essa análise pode se complicar na prática. Afinal, equilibrar as contas e o lucro com as expectativas dos clientes e o valor cobrado pelos concorrentes pode ser um tanto desafiador…
Você enfrenta essa dificuldade e está em busca de informações que o ajudem a precificar produtos de maneira estratégica?
Então, veio ao lugar certo! Afinal, aqui, você terá acesso a um checklist com tudo o que deve levar em consideração para saber como precificar produtos sem prejudicar seu capital e a sustentabilidade das suas operações no longo prazo.
Acompanhe!
Seja qual for o seu ramo de atuação, saber como precificar produtos e serviços de maneira adequada pode fazer toda a diferença para o faturamento e o sucesso do negócio.
Afinal, por um lado, preços muito baixos podem prejudicar suas operações, fazendo com que você acabe no vermelho. Além disso, quando o preço cobrado é muito inferior ao valor do mercado, os clientes podem desconfiar da qualidade dos itens vendidos.
Por outro, se cobrar um preço muito mais alto que os seus concorrentes – oferecendo o mesmo que eles –, você não vai conseguir atrair clientes. Como resultado, também não terá dinheiro para cobrir suas despesas.
Portanto, é fundamental levar a precificação a sério!
Sabendo disso e pensando em ajudá-lo nessa missão, apresentamos a seguir quatro fatores que você precisa analisar para definir o preço de um produto ou serviço de forma estratégica e alinhada ao mercado.
Vamos lá?
Quanto você gasta para manter suas operações em funcionamento? A resposta para essa pergunta deve ser a base inicial para a definição do seu preço.
Em microempreendimentos de food service, estes são alguns dos custos que precisam ser considerados:
– Investimentos em insumos. Por exemplo: ingredientes que você precisa para fazer seus lanches; aquisição das embalagens em que você entrega seus produtos;
– Gastos com compra ou manutenção de equipamentos. Por exemplo: o que você gasta com utensílios de cozinha ou com a manutenção do carrinho de cachorro-quente ou o food truck;
– Salários pagos à equipe.
– Custos de transporte. Por exemplo: valor gasto para abastecer os veículos de entrega, o carro que transporta os ingredientes ou o veículo em que seus produtos são vendidos;
– Custo com a estrutura. Por exemplo: aluguel de uma sala ou do terreno onde você monta suas operações de venda;
– Impostos e gastos de operações gerais. Por exemplo: contribuição mensal do MEI; pagamento de contadores; compra de materiais de escritório; compra de materiais de limpeza.
Conta feita? Deixe esses valores separados e parta para a segunda etapa da precificação: a análise da concorrência.
Faça uma pesquisa de mercado com seus concorrentes mais diretos e com os competidores da sua região e descubra:
– Quanto eles cobram pelo mesmo produto que você oferece;
– O valor cobrado por produtos parecidos;
– Qual é o negócio com maior movimento;
– Esse negócio tem o menor preço ou está oferecendo algum outro diferencial?
Ao fazer essa análise, além de conhecer o preço médio praticado em seu mercado e região, você também vai entender melhor o perfil do seu público e ter noção de quanto seus futuros clientes estão dispostos a pagar por um produto como o seu.
Além disso, ao analisar os negócios de maior sucesso em sua área, você também poderá identificar quais fatores – além do preço – os clientes valorizam. Por exemplo: pode ser que uma confeiteira que cobra um valor um pouco acima da média do mercado seja a mais procurada porque oferece entrega rápida ou diversas formas de pagamento.
Leia também!Como se diferenciar da concorrência sendo MEI no mercado de food service |
Outro passo importante para saber quanto cobrar por seus produtos é identificar o que o seu negócio oferece como diferencial – e que pode impactar em um preço um pouco mais alto.
Estes são alguns exemplos de diferenciais em negócios de food service que podem justificar um preço acima da média do mercado:
– Ingredientes exclusivos de alta qualidade. Por exemplo: frutas e vegetais orgânicos; ingredientes feitos artesanalmente (como molho de tomate caseiro ao invés de um industrializado);
– Entrega rápida e/ou diferenciada. Por exemplo: se o seu negócio consegue entregar mais rápido que os concorrentes ou tem um esquema de agendamento eficiente, os clientes estarão dispostos a pagar um pouco a mais por isso;
– Diversas formas de pagamento. Por exemplo: oferecer a possibilidade de os consumidores pagarem no cartão, parcelado, ou por meio de um esquema em que o cliente coloca na conta e paga somente uma vez ao mês. Isso pode ajudar a atrair mais clientes mesmo que você cobre mais que seus concorrentes que não oferecem essas vantagens.
No fim, é importante entender que os diferenciais se refletem diretamente também em mais custos. Então, é natural que isso seja refletido no preço praticado.
Contudo, é crucial garantir que os seus diferenciais estejam alinhados às preferências e necessidades do seu público. De nada adianta, por exemplo, ter uma máquina para pagamento por aproximação se os seus clientes não utilizam esse sistema.
Descontados todos os gastos, quanto você quer que sobre para você?
Essa talvez seja a pergunta mais importante a se fazer na hora de definir o preço dos seus produtos. Afinal, você não está trabalhando apenas para cobrir as contas, certo? Portanto, precisa incluir o lucro na precificação!
Para entender melhor essa questão, vamos fazer um cálculo rápido, usando como exemplo a venda de cachorros-quentes.
– Digamos que, considerando todos os custos (ingredientes e outros gastos com equipamentos e estrutura), você gaste R$ 3 mil por mês para produzir mil cachorros-quentes.
– Assim, cada produto custa pra você R$ 3. Essa, portanto, é a base do cálculo.
– E um cenário de lucro de 100%, você cobraria R$ 6 por cada cachorro-quente.
– Como resultado, se você vender esses mil hot dogs, terá um faturamento total de R$ 6 mil e um lucro de R$ 3 mil.
Leve esse exemplo em conta na hora de fazer o seu cálculo.
Como você pode ver, o valor que você gasta com seus ingredientes pesa diretamente no custo das suas operações – e, consequentemente, na precificação dos produtos.
Por isso, quanto melhor for o preço que você pagar pelos ingredientes, mais competitivo seu negócio poderá ser – e mais possibilidade de lucro você terá.
Contudo, também é importante atentar-se à qualidade dos ingredientes comprados. Afinal, de nada adianta conseguir baixar seu preço porque pagou muito barato em determinado ingrediente, mas acabar sendo prejudicado pela falta de qualidade desse item. Além de não conseguir vender, isso vai prejudicar a imagem do seu negócio.
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Por último, tenha em mente que preço não é algo que você define hoje e sustenta para sempre. Revisar sua estratégia de precificação periodicamente, levando em conta as variações em todas as bases do cálculo de preço, é essencial para garantir que os valores cobrados sejam justos e tragam os resultados que você deseja e merece.
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Sucesso!