Siga as dicas de gestão financeira para MEI e profissionais autônomos que apresentamos neste artigo e aumente a eficiência e a lucratividade das suas operações
Ser um profissional autônomo ou MEI (microempreendedor individual) tem muitas vantagens. Entre as principais está a liberdade para gerenciar as operações do seu negócio como você quiser.
Porém, ao mesmo tempo, microempreendedores e autônomos também têm grandes responsabilidades. Uma das principais é gerenciar as finanças do negócio de maneira responsável e eficiente. Afinal, sem um controle adequado do capital, a sobrevivência da sua empresa pode estar em risco.
Quer saber como administrar seus gastos e sua renda para manter uma operação lucrativa e sustentável no longo prazo?
Este artigo é para você!
A seguir, apresentamos dicas de gestão financeira para MEI e profissionais autônomos e revelamos quais são os cuidados que você deve ter para não ficar no vermelho!
Vamos lá?
Leia também!
Gestão do tempo: 4 dicas para gerenciar seu dia de maneira mais eficaz |
De acordo com um levantamento do Sebrae, 77% dos microempreendedores individuais nunca fizeram um curso ou treinamento na área de gestão financeira.
Esse é um dado preocupante, pois a gestão do capital pode fazer toda diferença para o sucesso de um negócio – não importa o tamanho dele.
Pense e responda:
– Você já teve dificuldade para equilibrar as contas?
– Já precisou investir mais do que havia previsto para manter as operações funcionando?
– Em algum momento percebeu que não sabia como seu dinheiro tinha acabado tão rápido?
– Você já teve que pagar multas por atrasos no pagamento de fornecedores ou de impostos?
Se respondeu “sim” a alguma destas perguntas, precisa aprimorar urgentemente a gestão financeira do seu empreendimento. O caminho passa por:
– Criar uma conta bancária específica para o seu negócio;
– Fazer um cronograma de pagamentos;
– Controlar seu fluxo de caixa diariamente;
– Desenvolver um planejamento de receita;
– Criar um fundo de reserva.
Siga a leitura e saiba mais!
Segundo o mesmo estudo do Sebrae citado anteriormente, apenas 1/3 dos microempreendedores individuais brasileiros tem conta Pessoa Jurídica; e cerca de 10% nem possui conta bancária.
Esses dados ajudam a entender por que muitos microempreendedores individuais e profissionais autônomos acabam misturando finanças pessoais com as da empresa. E esse é um erro muito grave! Especialmente porque essa situação dificulta o controle de entrada e saída do dinheiro relacionado especificamente ao seu negócio – e, consequentemente, sua gestão financeira.
Além de prejudicar o seu planejamento e acompanhamento das finanças da empresa, essa confusão de capital pessoal e profissional pode gerar problemas fiscais – como na declaração do Imposto de Renda, por exemplo.
Ficará muito mais fácil entender a movimentação do seu dinheiro se você tiver uma conta bancária exclusiva para o seu negócio, com informações de débito e crédito claramente identificadas e rastreáveis.
E aí, você tem uma conta no banco exclusiva para o capital do seu negócio?
Como MEI ou profissional autônomo, você tem menos impostos a pagar em comparação com uma empresa de grande porte. No entanto, ainda assim possui algumas responsabilidades fiscais mensais importantes.
Além disso, também tem gastos fixos que precisam ser resolvidos em prazos específicos para que seu negócio continue em funcionamento – como, por exemplo: manutenção de equipamentos, compra de ingredientes, pagamento de mão de obra, contas de luz e água, gás e assim por diante.
Um erro que muitos profissionais autônomos e MEI cometem em termos de gestão financeira é adotar o estilo “deixa a vida me levar”. Ou seja, esperar as contas aparecerem para, então, pensar em como pagá-las.
Como resultado: são pegos de surpresa por boletos e multas inesperadas e acabam tendo que gastar um capital que não haviam previsto.
Depois, não conseguem entender por que o negócio não está dando lucro…
Para evitar essa situação, a melhor estratégia é se preparar antecipadamente em relação a todos os custos fixos.
Uma maneira simples de fazer isso é criando um cronograma mensal e anual de pagamentos. Para isso:
1) Liste todos os custos fixos que você sabe que suas operações demandam;
2) Leve em consideração não só as contas mensais, mas também os gastos imprevisíveis (mas, muitas vezes, inevitáveis) – tais como contratação temporária ou manutenção de equipamentos;
3) Faça um cronograma com as datas de pagamento de todos os custos listados.
Assim, você já terá uma noção melhor do quanto vai precisar investir no seu negócio nos próximos meses!
DICA!
Para aumentar a eficiência desse controle, categorize as despesas. Por exemplo: fornecedores; funcionários; equipamentos; empréstimos etc. Dessa forma, você saberá quanto terá que gastar em cada área específica. |
Segundo o levantamento do Sebrae, 68% dos microempreendedores individuais não têm uma previsão do saldo de caixa de seu negócio para o mês seguinte.
Mas sua vida como MEI ou profissional autônomo não precisa ser assim tão cheia de suspense!
Para evitar o terror da incerteza sobre suas contas, tudo o que você precisa fazer é cuidar de perto da gestão financeira do seu negócio.
Neste sentido, crie o hábito de, ao final de todo expediente:
1) Verificar quanto entrou no seu caixa – e quais foram as fontes de receita (método de pagamento e produtos vendidos);
2) Contabilizar seus gastos – e os motivos de tais gastos (pagar conta, fornecedor, arrumar equipamento etc.);
3) Registrar o saldo final.
Assim, você terá muito mais controle e conhecimento sobre suas operações.
DICA!
Não sabe como montar um esquema para acompanhar essa movimentação do caixa? Clique aqui e veja a planilha desenvolvida pelo Sebrae. Ela pode ser a base do seu controle de caixa. |
Seguindo as dicas apresentadas até aqui, você estará melhor preparado para fazer uma boa gestão financeira e se organizar para o futuro. Afinal:
1) Você já sabe quanto terá que gastar nos próximos meses (por meio do cronograma de pagamento);
2) Tem melhor noção da receita que o seu negócio tem gerado (por meio do acompanhamento diário do fluxo de caixa);
3) Poderá prever as possibilidades de receitas para os próximos meses.
Aqui vão, então, algumas dicas para você colocar esse planejamento em prática:
Analisando o resultado registrado nos meses passados, você terá uma noção da sua receita média diária e mensal. Com esses indicadores, saberá se vai conseguir cobrir seus gastos futuros. Além disso, também poderá analisar a possibilidade de criar estratégias para aumentar esse faturamento no longo prazo.
Além de saber qual é a sua média de lucro, a partir da análise das vendas passadas você poderá identificar os produtos que mais influenciam esse resultado.
Se, por exemplo, você notar que o bolo de chocolate é o mais pedido todos os meses, poderá pensar em ações para potencializar ainda mais as vendas desse produto.
Pode ser que, em alguns meses, as contas acumulem. Sabendo disso, você poderá se preparar para enfrentar essa época – seja economizando dinheiro nos meses anteriores ou pensando em ofertas e ações de marketing que para aumentar as vendas em tal período.
Dependendo do seu ramo de atuação, alguns períodos podem gerar mais receita que outros. Digamos, por exemplo, que você venda chocolate. Portanto, certamente datas comemorativas como Páscoa, Dia dos Namorados e Dia das Crianças são ótimas para o seu negócio, certo?
Verifique seus registros do fluxo de caixa e identifique essas variações no faturamento para se preparar adequadamente para elas. Você pode reservar um pouco do capital gerado em períodos de lucro elevado para cobrir as despesas dos meses em que as vendas estarão em baixa.
Por fim, uma estratégia importante de gestão financeira com foco no longo prazo é criar um fundo de reserva. Isso porque mesmo que você se prepare e se planeje, imprevistos podem acontecer.
Digamos que você tenha que ficar sem trabalhar por um período por motivos pessoais ou de saúde. Se não estiver preparado para isso, o negócio que você construiu com tanta dedicação pode ir por água abaixo! Já se você tiver um fundo de reserva, estará mais amparado para essas ocasiões.
Para montar tal poupança, separe uma porcentagem do seu lucro todos os meses e, aos poucos, vá montando o seu fundo. Assim, quando precisar de ajuda extra, você poderá evitar empréstimos e, consequentemente, endividamentos.
Chega de ficar perdido tentando entender onde seu dinheiro foi parar!
Siga as dicas deste artigo e controle seu capital de maneira mais eficiente e estratégica. Seu caixa agradece!