A pandemia da COVID-19 impactou negócios em todo o mundo. Microempreendedores individuais e profissionais autônomos do setor de food service estão entre os mais afetados. Se você faz parte desse grupo, é bem provável que esteja sofrendo com as restrições impostas por essa crise. No entanto, nem tudo está perdido! Uma maneira de continuar suas operações é oferecendo serviços de entrega em domicílio – o famoso delivery.
No ano passado, essa modalidade de serviço já vinha apresentando um crescimento considerável – os pedidos de comida movimentaram 20,5 bilhões de reais no país em 2019; e só nos canais digitais o número de pedidos cresceu 71%.
Agora, com as medidas para evitar a propagação da COVID-19, o delivery se tornou não só uma alternativa para manter negócios em funcionamento como também a melhor forma de atender as necessidades específicas dos consumidores nesse momento de reclusão social.
Neste artigo, além de entender melhor o mercado de delivery de comida, você aprenderá o que precisa fazer para adaptar seu negócio para oferecer o serviço de entrega em domicílio para seus clientes.
Vamos lá! 🤓
Cozinha virtual, restaurante virtual, cozinha fantasma ou “dark kitchen”. Assim são conhecidos os negócios de food service que operam exclusivamente por meio de canais virtuais, nos aplicativos de delivery de comida. Ou seja, essas empresas não existem “no mundo físico”, não é possível ir até elas e saborear uma refeição pessoalmente.
Se levarmos em conta o contexto atual, em que as pessoas estão adotando o isolamento social como medida preventiva – evitando justamente frequentar restaurantes e outros estabelecimentos do gênero –, as cozinhas virtuais ajudam os consumidores a terem acesso a lanches e comidas de forma rápida e conveniente, sem precisar sair de casa.
Ao mesmo tempo, esse modelo possibilita que pequenos empresários de food service continuem em operação. Além disso, esse tipo de serviço é uma oportunidade de negócio interessante para microempreendedores ou profissionais autônomos, já que requer um investimento muito menor do que o necessário para abrir um ponto de venda físico.
Portanto, é possível afirmar que as cozinhas virtuais são uma resposta ao aumento da demanda por delivery de comida aliada à evolução das tecnologias móveis. Afinal, antigamente, a única forma de pedir comida em casa era por telefone. No entanto, como hoje em dia a maioria das pessoas fica conectada o tempo todo pelo smartphone, os canais de delivery migraram para os aplicativos nos celulares.
Ou seja, além do fato de que, no cenário atual, mais do que nunca as pessoas estão pedindo comida em casa, a atuação nesse canal é inevitável para atender as demandas dos novos consumidores. Com coronavírus ou não, as pessoas continuarão a ter o desejo de pedir comida de forma rápida e prática, usando os canais que elas já usam no seu dia a dia.
E é por isso que oferecer delivery de comida é uma ótima ideia de negócio e uma excelente maneira de fidelizar clientes!
Oferecer delivery de comida é uma ótima oportunidade de negócio porque:
Estruturar um sistema de delivery pode parecer algo complexo para quem nunca estudou essa possibilidade. Porém, o passo-a-passo que apresentamos a seguir vai mostrar a você que esse processo não é um bicho de sete cabeças.
Olha só o que você precisa fazer para iniciar essa jornada…
O valor que você vai precisar investir para montar uma operação de delivery de comida dependerá do seu tipo de negócio e o que você vende.
Se está começando do zero, deve levar em conta o que precisará comprar para colocar sua operação em prática.
Coloque na ponta do lápis gastos com, por exemplo:
– Equipamentos;
– Utensílios;
– Recursos (gás, energia, água);
– Espaço (se vai fazer em casa ou vai alugar uma cozinha);
– Equipe necessária para colocar sua operação em prática;
– Ingredientes;
– Fretes para entrega;
– Embalagens;
– Materiais de limpeza.
Por outro lado, se você já tinha um ponto de venda na rua e precisou fechar por conta das restrições causadas pela pandemia da COVID-19, já possui os equipamento e ingredientes necessários e tem um conhecimento mais claro de quanto custa produzir seu produto.
Porém, é importante analisar quanto vai gastar para adaptar seu negócio para entregar em domicílio. Vai precisar, por exemplo, de embalagens especializadas para entrega de comida. Além disso, vai ter que pagar uma comissão – seja para o entregador ou para o aplicativo de delivery que utilizar. Então, calcule esses custos na hora de montar seu orçamento!
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Assim como em qualquer negócio de food service, a segurança alimentar deve ser prioridade número um no delivery também – ainda mais no cenário atual, em que a preocupação dos consumidores com a higiene é ainda maior. Portanto, é crucial tomar os cuidados necessários para uma operação limpa e segura.
Indo além, também é muito importante comunicar aos seus consumidores todas as medidas que você está tomando para garantir total segurança na produção e manipulação dos seus produtos.
Leia também!– Cuidados de higiene fundamentais para a venda de comida de rua ou por entrega |
Antes de começar a oferecer esse serviço, é importante entender como você vai montar o processo de pedidos em seu negócio.
Avalie questões como, por exemplo:
– Processos de produção antecipada dos alimentos. Digamos, por exemplo, que você vende lanches. Portanto, precisa responder, dentre outras perguntas, estas:
– Dependendo do alimento, você precisará fazer certa quantidade antes mesmo de receber os pedidos. É o caso, por exemplo, da venda de doces, bolos, pães e outro alimentos que demandam preparação mais demorada.
– Você vai atuar sozinho ou poderá contar com a ajuda de alguém? Leve em conta que, além da montagem das embalagens para entrega, precisará organizar os pedidos assim que eles forem chegando. E se tiver entrega própria, a logística do delivery também precisará ser ordenada.
Ao definir quais serão as opções de alimentos que oferecerá em seu delivery, você precisará analisar as questões práticas envolvendo as operações de entrega. Tais como:
– O produto poderá ser entregue sem sofrer nenhuma deformação ou avaria durante o transporte? Se for um produto que perderá sabor ou textura depois de um tempo ou que é muito sensível ao movimento, é melhor repensar.
– Uma ideia interessante é adaptar a forma como você oferece o seu produto para o contexto do delivery. Digamos, por exemplo, que você venda cachorro-quente. Não dá para montar um dogão completo e imaginar que ele vai chegar intacto, certo? Portanto, que tal enviar o pão com a salsicha e, em uma vasilha separada, os condimentos extras solicitados pelo cliente para ele montar o hot dog em casa?
– Outra questão importante ao definir o cardápio é pensar em como organizar os alimentos nas embalagens. Se você vende marmitas, por exemplo, é recomendável deixar os molhos separados dos alimentos secos; as saladas separadas dos pratos quentes; e assim por diante.
– Além disso, analise os cardápios das opções de delivery disponíveis em sua região. Se você quer abrir um delivery de hambúrgueres, por exemplo, é bom dar uma olhada nos aplicativos de entrega para avaliar os outros negócios que também oferecem esse produto. Estude as opções do menu, veja quais são os sabores que os clientes mais gostam e quais são as reclamações dos usuários. Tudo isso vai dar direcionamentos importantes sobre como organizar o menu do seu negócio, atendendo as demandas dos consumidores.
Ao escolher a melhor embalagem para o seu produto, é importante levar em consideração:
– O tipo de alimento e suas necessidades específicas de armazenamento;
– A segurança alimentar do produto durante o transporte;
– A organização dos alimentos durante o transporte.
Leia também!Nós já publicamos aqui no Blog do Roldão um artigo completo com dicas para ajudá-lo nessa decisão. Confira: Embalagens para alimentos: como escolher a melhor opção para o seu produto |
Por fim, também é fundamental definir qual será o seu modelo de realização de pedidos e entrega.
Para realização de pedidos, as opções de canais disponíveis são:
Essas ferramentas são muito práticas e ajudam a expor seu negócio em sua região justamente para consumidores que estão em busca de delivery de comida. Porém, elas possuem uma taxa de serviço para cada entrega. Verifique como isso pode afetar seu orçamento e seu preço.
Esses canais são uma forma prática e barata de receber o pedido dos consumidores. Contudo, para que isso funcione, você precisará divulgar seu contato entre seus clientes e em outros canais digitais, como anúncios web e nas redes sociais.
Muita gente ainda prefere ligar para fazer o pedido de comida. Se você oferecer um número para receber os pedidos, vai atender a demanda desse público mais tradicional. No entanto, assim como o contato dos aplicativos de mensagem, você também precisará divulgar seu telefone.
Já em relação às opções de modelo de entrega, existem dois caminhos, que vão estar diretamente relacionados também aos canais que você escolheu para a realização de pedido.
– Se escolher os aplicativos, vai contar com uma rede de entregadores freelancers para fazer a entrega dos seus produtos.
– Se optar por receber pedidos em outros canais online ou por telefone, vai precisar de um ou mais entregadores para fazer seu delivery.
Abaixo, confira uma tabela com informações que o ajudarão a direcionar sua decisão:
Esperamos que essas dicas o ajudem a montar sua operação de delivery de comida, mantendo seu negócio em funcionamento mesmo nesse período de crise.
Sucesso!