Até pouco tempo atrás, vender via e-commerce não era uma das principais preocupações de gestores de restaurantes, lanchonetes e bares. Afinal, “comer fora” sempre foi uma experiência, não somente uma necessidade, não é mesmo? Portanto, o que realmente importava era garantir que os atrativos de seu estabelecimento fossem capazes de atrair e conquistar a clientela.
Porém, como comentamos neste artigo, pedir comida em casa é algo cada vez mais comum. E, neste sentido, a internet é uma aliada e tanto de micro e pequenos empresários do mercado de food service.
Se você está ciente disso e, portanto, está em busca de informação para ajudá-lo a aproveitar o potencial dos canais digitais, veio ao lugar certo. Neste artigo, você vai:
– Entender por que é importante investir na atuação em canais de venda online;
– Conhecer empresas de food service que utilizam o e-commerce para potencializar seus resultados;
– Descobrir quais são as categorias de e-commerce em que o seu negócio pode atuar;
– Saber quais são os canais online que você pode utilizar para comercializar seus pratos e lanches na internet.
Boa leitura!
Esse é um mercado muito forte e com potencial imenso. Afinal, grande parte da população já está acostumada a comprar diversas categorias de produtos na web. Então, é natural que esses consumidores digitais passem a também querer comprar os alimentos do dia a dia usando a internet como sua aliada.
Além disso, mesmo quando o país enfrentou crises econômicas no passado, o setor de comércio eletrônico se manteve firme, forte e em crescimento constante.
Veja só:
– O PIB brasileiro apresentou retração de 3,5% em 2015 e de 3,3% em 2016, para depois avançar apenas 1,1% em 2017 e em 2018.
– Enquanto isso, as vendas online apresentaram crescimento robusto de forma ininterrupta desde 2011: o e-commerce teve alta de 15% em 2015, de 7% em 2016, 8% em 2017, 12% em 2018 e de 22% em 2019.
E-commerce é a modalidade de venda que acontece na internet, por meio de computadores, smartphones e tablets. Contudo, nem toda operação de comércio virtual é igual.
Há diferentes categorias de e-commerce que podem ser utilizadas por empresas de food service…
B2C é a sigla para a expressão inglesa business to consumer – em tradução livre, “de empresas para consumidores”. Ou seja, nesse tipo de e-commerce, um negócio vende produtos e serviços direcionados aos clientes finais.
Um restaurante que vende pratos para consumidores na web, por exemplo, ou uma confeiteira que recebe pedidos online são exemplos de e-commerce B2C no segmento food service.
Já B2B é a sigla para a expressão inglesa business to business – em tradução livre, “de empresas para empresas”. Nesse caso, um negócio atua na web para vender produtos e serviços voltados especificamente a outros tipos de organizações (pessoas jurídicas).
Se, por exemplo, um estabelecimento tem um e-commerce de marmitas para empresas, ou se uma lanchonete tem um site para vender combos de lanches e snacks para outros negócios, essas operações podem ser consideradas B2B.
Aqui, a letra “m” se refere à palavra mobile. Então, o m-commerce diz respeito às transações comerciais feitas em dispositivos móveis – smartphones, tablets e notebooks.
Uma hamburgueria que vende seus lanches por WhatsApp e um restaurante que recebe pedidos via aplicativos de delivery são dois bons exemplos de m-commerce no food service.
S-commerce (social commerce) acontece quando uma loja virtual integra suas operações às redes sociais, ou quando uma empresa monta seu canal de venda diretamente nessas plataformas.
É o caso, por exemplo, de pizzarias que vendem por meio do Instagram, ou de outros estabelecimentos que aceitam pedidos via mensagens no Facebook.
Em e-commerce se encaixam as transações comerciais que acontecem na web por meio de uma loja virtual (em diferentes canais), em que não há um intermediário entre a empresa que está vendendo e o cliente que está comprando.
Essa é uma operação independente, por meio da qual a empresa que está vendendo é responsável por toda a estrutura – processos, desenvolvimento do site, identidade visual, mão de obra etc.
São uma categoria especial de e-commerce. Nesse modelo, diferentes empresas atuam em uma mesma plataforma online. É como se fosse uma vitrine para diferentes marcas exporem seus produtos e serviços e realizarem suas vendas (quase como um shopping center virtual).
As empresas que atuam em marketplaces não precisam se preocupar com questões como desenvolvimento do site, por exemplo, pois a plataforma já está pronta, basta se cadastrar e começar a vender.
Contudo, os marketplaces cobram pelo serviço de oferecer essa plataforma comercial online. Cada vez que uma empresa realiza uma venda, ela precisa pagar uma taxa ao marketplace (como se fosse o “aluguel” daquele espaço online).
O Mercado Livre, por exemplo, é um marketplace. Além disso, dentro dessa categoria encontram-se também marcas como ViaVarejo, Netshoes, OLX, Buscapé e Amazon.
O e-commerce evoluiu junto com o surgimento de novas ferramentas digitais nos últimos anos. Atualmente, existem diferentes canais pelos quais uma empresa pode comercializar seus produtos e serviços na web.
A seguir, listamos alguns deles.
Entenda as vantagens de cada um e identifique aquele mais alinhado ao seu negócio. E, claro, você pode até escolher atuar em mais de um canal – aliás, isso vai aumentar ainda mais as chances de você alcançar diferentes clientes em diferentes plataformas.
Os aplicativos de delivery – como iFood e Uber Eats, por exemplo – nada mais são do que marketplaces (o shopping do e-commerce) para empresas de food service. Nessas plataformas, diversos restaurantes são exibidos para os consumidores de acordo com a região.
A grande vantagem é que as pessoas que usam esse tipo de app estão efetivamente buscando pedir comida em casa. Então, seu negócio será exposto para potenciais clientes em sua região, justamente quando eles estão mais propensos a comprar.
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Outra maneira de vender na web é por meio dos aplicativos de mensagem – como, por exemplo, Telegram, WhatsApp e Facebook Messenger.
A grande vantagem de oferecer aos clientes a possibilidade de comprar por meio dessas plataformas é que eles já usam essas ferramentas no dia a dia. Ou seja, a compra é muito mais prática e, assim, há mais chances de o cliente pegar o smartphone e fazer o pedido – sem precisar se cadastrar ou baixar nenhum outro aplicativo.
Não quer usar ferramentas de terceiros? Então, você pode desenvolver seu próprio aplicativo de e-commerce para vender seus produtos!
Um app com a sua marca é vantajoso porque fortalece sua imagem. Além disso, também é muito mais seguro – já que você tem mais controle sob os dados da sua operação e dos clientes. E ainda, você pode aproveitar esse canal para conhecer melhor os clientes e fortalecer o relacionamento com o seu público.
Você sabia que pode criar ofertas no Facebook e no Instagram, que levarão os clientes diretamente para seu e-commerce? Muito interessante, não é mesmo?
Afinal, as pessoas utilizam essas plataformas o dia todo. Se você oferecer a possibilidade de elas comprarem seus lanches por meio dessas redes, com certeza aumentará as chances de ser encontrado e fazer negócios na internet.
Se você não tem orçamento para montar um e-commerce próprio, uma alternativa pode ser atuar em um marketplace. O Rappi é um exemplo de marketplace que funciona nesse sentido.
Por fim, existe a opção de você ter um e-commerce exclusivo da sua marca.
Porém, é importante ter em mente que esse é um canal que exige um investimento maior. Contudo, ele traz grandes vantagens – como, por exemplo: maior segurança, maior controle das operações e dos dados dos clientes, fortalecimento da marca e mais conhecimento sobre o comportamento do seu público.
Pizzarias e hamburguerias são dois tipos de negócios que podem se beneficiar desse formato de venda online.
A Domino’s Pizza recebe pedidos online pelo site da empresa, via aplicativo da marca e ainda está presente nos principais marketplaces de delivery. A empresa aponta que 60% dos seus pedidos acontece em canais digitais.
É claro que, por ser uma empresa gigante, a Domino’s tem possibilidades que micro e pequenas empresas não têm. Porém, não custa nada visitar o site da rede de pizzarias, acompanhar o trabalho feito pela marca nas redes sociais (aqui tem o Instagram e aqui, o Facebook) e se inspirar para adaptar algumas das ideias deles para a realidade do seu negócio.
Outra gigante que trabalha bem no ambiente online é a rede de cafeterias Starbucks.
Em diversos países, a marca vende por meio do seu aplicativo – que também funciona como programa de fidelidade. Na prática, as pessoas compram antecipadamente pelo app e retiram o pedido na loja que escolherem. Além disso, nos Estados Unidos, a cafeteria é parceira de aplicativos de delivery e faz entrega em domicílio.
Estes são apenas dois exemplos de empresas que sabem usar o e-commerce e outros canais online para fortalecer suas marcas, fidelizar clientes e, é claro, vender mais. Porém, ao aliar as lições que eles deixam à aplicação das dicas que apresentamos aqui, você tem tudo para iniciar sua jornada digital com o pé direito. E aí, vai encarar o desafio?
Agora, queremos saber:
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Sucesso!